Antes de ser destituído da presidência da CBF, na quinta-feira, 15, Ednaldo Rodrigues foi alvo de uma denúncia apresentada junto à Comissão de Ética da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol). A denúncia foi feita pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) e está sendo investigada pela entidade.

Detalhes da denúncia

A acusação envolve gestão temerária dos recursos da CBF, corrupção privada no esporte e violação dos "deveres éticos" exigidos dos cargos que Ednaldo ocupava tanto na presidência da CBF quanto como conselheiro da Conmebol. A Anaf destacou casos divulgados pela imprensa, como o pagamento de R$ 3,6 milhões feito pela CBF a Ricardo Lima, cunhado de Ednaldo, entre 2021, além de reportagens que apontam benefícios concedidos a um genro do dirigente pela entidade.

Assinatura falsificada e consequências jurídicas

A denúncia também inclui a suposta falsificação da assinatura do ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, em um acordo que reconheceu a legalidade da eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022, garantindo sua permanência no comando da confederação. Este fato motivou o desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a destituir Ednaldo Rodrigues e nomear Fernando Sarney como interventor para organizar uma nova eleição na CBF.

Próximos passos para a CBF

A eleição convocada por Fernando Sarney está marcada para o próximo domingo e terá como candidato único Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol. Xaud já conta com apoio de 25 das 27 federações estaduais, o que dificulta a apresentação de candidaturas concorrentes e o torna o provável novo presidente da CBF.