Na tarde desta quarta-feira (23), mais de 100 torcedores do Atlético realizaram um protesto nas ruas próximas à Arena MRV, em Belo Horizonte, expressando insatisfação com a atual situação do clube. A manifestação aconteceu enquanto o time finalizava os preparativos para o confronto contra o Bucaramanga pela Copa Sul-Americana, marcado para quinta-feira (24), às 21h.

Principais alvos dos protestos

Os torcedores, pertencentes às organizadas GDR Alvinegra, MotoGalo, Resistência Alvinegra e Força Jovem Atleticana, exibiram faixas e cantaram em protesto, focando suas críticas principalmente na diretoria do clube, com destaque para Rubens e Rafael Menin, sócios majoritários da SAF. Um dos cartazes mostrava a frase "SAF sem vergonha" como forma de repreensão à gestão.

Entre os jogadores, o atacante Rony e o meia Gustavo Scarpa foram os mais visados pelos torcedores. Rony foi alvo de xingamentos repetidos, enquanto em relação a Scarpa os manifestantes entoaram o canto: "Nós que amamos o Galo, Gustavo Scarpa vai pra casa do c……."

Contexto da crise no Atlético

O clube enfrenta uma grave crise financeira, com dívida que se aproxima de R$ 1 bilhão, dificultando as operações diárias. Para tentar amenizar a situação, a diretoria Menin estuda a possibilidade de um novo aporte financeiro para aliviar as contas do Atlético.

Essa conjuntura tensa tem reflexos nos bastidores: diversos jogadores notificaram o clube extrajudicialmente devido a atrasos em salários. Entre eles estão Gustavo Scarpa, Igor Gomes e Rony. Este último chegou a solicitar a rescisão contratual, pedido que foi retirado após uma conversa com a diretoria.

Repercussão e próximos passos

O protesto dos torcedores reflete a insatisfação crescente com o desempenho administrativo e esportivo do Atlético. Enquanto isso, o clube tenta equilibrar suas finanças e manter a equipe focada nos compromissos esportivos, como o próximo jogo pela Copa Sul-Americana.