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10 anos sem Jules Bianchi: relembre o último acidente fatal da Fórmula 1
Piloto francês faleceu após grave acidente no GP do Japão de 2014, marcando a primeira morte na categoria desde Ayrton Senna
Há exatamente 10 anos, o piloto francês Jules Bianchi faleceu aos 25 anos, após passar nove meses internado em coma devido a um grave acidente ocorrido durante o Grande Prêmio do Japão de 2014, no circuito de Suzuka. Ele sofreu lesões cerebrais severas e não despertou do coma.
Acidente no GP do Japão
Bianchi foi o primeiro piloto a morrer em decorrência de ferimentos sofridos durante uma corrida desde Ayrton Senna, que faleceu no GP de Ímola em 1994. A 15ª etapa do Campeonato de Fórmula 1 de 2014 foi realizada mesmo com a previsão de forte chuva causada pelo tufão Phanfone.
A largada aconteceu atrás do safety car e, após duas voltas, a bandeira vermelha interrompeu a corrida e os competidores voltaram aos boxes. Depois de uma longa pausa, a relargada também foi feita com safety car, e durante sete voltas sob bandeira amarela não foi permitida ultrapassagem ou disputas entre os pilotos.
Na 42ª volta, o piloto alemão Adrian Sutil perdeu o controle do carro na curva Dunlop e colidiu contra a proteção de pneus. Apesar do susto, Sutil saiu do carro rapidamente, e apenas a bandeira amarela foi acionada localmente, sem interromper a corrida.
Na volta seguinte, o carro de Bianchi aquaplanou e deslizou em direção ao carro de Sutil já acidentado. Sem conseguir controlar o veículo, o carro da equipe Marussia colidiu violentamente na traseira do trator que operava na pista para remover o carro de Sutil.
A transmissão estava focada nos pilotos da frente e não mostrou o momento da batida. Em seguida, a bandeira vermelha encerrou a corrida, e as equipes foram informadas que Bianchi havia sofrido um acidente grave no mesmo local. Hamilton, Rosberg e Vettel formaram o pódio do GP do Japão naquele dia.
Consequências e tratamento
Na tarde do mesmo domingo, foi divulgado que o impacto do acidente causou em Bianchi uma "lesão axonal difusa", um diagnóstico muito grave com baixa chance de recuperação completa. O piloto recebeu cuidados médicos em Yokkaichi, no Japão, e depois foi transferido para Nice, sua cidade natal na França.
Apesar de todos os esforços médicos, Bianchi permaneceu em coma por nove meses e faleceu em 17 de julho de 2015.
Investigação e mudanças na Fórmula 1
Um relatório da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) apontou que o acidente foi causado por falha humana, indicando que Bianchi não reduziu a velocidade o suficiente para evitar perder o controle do carro.
Mais de um ano após a morte do piloto, seus familiares entraram com ação judicial contra a FIA, a equipe Marussia e a Fórmula 1, afirmando que o acidente poderia ter sido evitado.
Assim como no caso de Ayrton Senna, o acidente de Bianchi levou a FIA a implementar novas medidas para aumentar a segurança dos pilotos. Entre elas, a introdução do safety car virtual (VSC), que exige que os pilotos reduzam a velocidade mesmo quando não há carros de segurança na pista.
Outra inovação importante foi a criação do halo, uma estrutura instalada sobre o cockpit dos carros para proteger a cabeça dos pilotos em casos de impactos. Embora o halo não tivesse impedido a gravidade do acidente de Bianchi, desde sua implementação vários pilotos, incluindo Charles Leclerc, pupilo de Bianchi, escaparam de acidentes graves graças à proteção.
A morte de Jules Bianchi permanece como a última fatalidade na Fórmula 1, sendo a 32ª envolvendo um piloto na história da categoria.